A longevidade da população mundial está cada vez aumentando mais. Para debater a importância do envelhecimento saudável e os estereótipos acerca da velhice, o Centro Internacional da Longevidade Brasil (ILC-BR) organizou o IX Fórum Internacional da Longevidade, que contou com o apoio da Bradesco Seguros. O evento reúne remotamente diversos especialistas da área para falar sobre os desafios que a população idosa enfrenta na sua rotina.
A discriminação na terceira idade é mais comum do que se imagina. De acordo com o Relatório Mundial Sobre Idadismo, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada duas pessoas no mundo já apresentou ações discriminatórias que pioram a saúde física e mental dos idosos. No Brasil, 16,8% da população com mais de 50 anos já se sentiram vítima de algum tipo de discriminação por estarem envelhecendo. O levantamento entrevistou 80 mil pessoas de 57 países.
A segunda edição da Pesquisa Idosos no Brasil, feita pelo Sesc São Paulo e a Fundação Perseu Abramo, apontou que 18% dos idosos afirmaram terem sido discriminados ou maltratados em um serviço de saúde. O estudo ouviu 4.144 brasileiros, 2.369 deles com mais de 60 anos, e foi realizada entre janeiro e março de 2020. “Os idosos são vistos como pessoas que dependem de outra pessoa, o que é uma inverdade. Mais de 75% da população idosa é independente. Apesar de termos tido um avanço regulatório, como a criação do Estatuto do Idoso em 2004, falta praticidade na rotina das pessoas com mais de 60 anos e, muitas vezes, acessibilidade tanto em locais públicos ou privados”.
Dada a relevância do tema, a economia prateada e a importância do idoso na sociedade é um assunto que já vem sido tratado pelo mercado de seguros. A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) publicou o estudo “Público sênior, oportunidades e desafios para o mercado segurador – Fase II” com o objetivo de oferecer insights às seguradoras a fim de ampliar a oferta de produtos e serviços a esta faixa etária. “Devemos focar na elaboração e implementação de políticas e leis pensadas no idoso, educação sobre longevidade, promover parcerias entre as organizações do nosso setor para combater esse desafio. Afinal, seguro tem a ver com proteção e inclusão de toda a sociedade”, destacou Kalache.
Fonte: Revista Apolice